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As Troianas

de Eurípides

estreia em Coimbra, a 30 de Outubro de 1997

Pátio da Inquisição

total de espectáculos - 60 (Coimbra, Oliveira de Azeméis, Porto, Braga, Évora, Montemor-o-Velho, Beja, Gondomar, Covilhã e Guimarães)
total de espectadores - 4.680

16ª produção - A Escola da Noite©Outubro1997


Ficha Técnica:
•••Tradução: Maria Helena da Rocha Pereira.
•••Encenação: Konrad Zchiedrich.
•••Elenco:
•••••••••Poséidon > António Jorge
•••••••••Atena > Isabel Leitão
•••••••••Hécuba > Sílvia Brito
•••••••••Taltíbio > António Jorge
•••••••••Menelau > David Cruz
•••••••••Cassandra > Rosário Romão
•••••••••Andrómaca > Sofia Lobo
•••••••••Helena > Isabel Leitão
•••••••••Coro > Isabel Leitão, Rosário Romão, Sofia Lobo e Sónia Gonçalves
•••Cenografia: Konrad Zchiedrich.
•••Figurinos: Konrad Zchiedrich.
•••Fotografia: Augusto Baptista.
•••Grafismo: Ana Rosa Assunção.
•••Direcção de produção: António Jorge.
•••Assistência de figurinos: Isabel Leitão e Rosário Romão.
•••Direcção de cena: Ernesto Pires e Rosário Romão.
•••Desenho e operação de luz: Pedro Machado.
•••Execução de cenografia: Alfredo Santos e Mário Montenegro.
•••Execução de adereços: António Canelas.
•••Execução de figurinos: Isilda Rodrigues.
•••Colocação de espectáculos: Sílvia Brito.
•••Relações com a imprensa: Isabel Campante.
As Troianas

A Escola da Noite e As Troianas

A história contada em As Troianas começa quando acaba outra, mais conhecida — a da guerra entre gregos e troianos, travada por causa da bela Helena, que durou dez anos e que terminou quando os gregos conseguem finalmente entrar na cidade com o auxílio do famoso Cavalo de Tróia.

A história de Eurípides, a nossa história, começa poucas horas depois dessa batalha final e revela-nos o destino trágico dos vencidos, em especial o das mulheres de Tróia, ainda em estado de choque após a derrota. É tal a extensão do drama de Eurípides, uma das tragédias mais lancinantes do teatro grego, que o nosso trabalho durante os ensaios se tornou, por vezes, quase insuportável.

Às vezes, quando os jornais mostram na capa a fotografia de uma mãe argelina que perdeu os seus oito filhos num massacre, apetece fechar os olhos. Passar directo para a última página e ler a banda desenhada. Mas, como nos ensinaram nos bancos da escola, descobrimos que a representação do horror pode ser um experiência redentora.

Os gregos, aliás, bem o sabiam. A exposição dos horrores, a assunção plena dos males da sociedade, da pequenez e dos defeitos da condição humana é uma característica da civilização grega que não encontra paralelo em nenhuma outra das chamadas culturas ocidentais — sempre pronta a glorificar os seus heróis, por muito que o seu comportamento possa estar longe de ser louvável.

Fazer As Troianas, ou fazer um clássico do teatro grego, não é uma opção fácil. Mas é uma opção incontornável, mais tarde ou mais cedo, no percurso de uma companhia de teatro que, como a nossa, pretende fazer caminho caminhando.

Não apenas pela beleza do teatro grego em si, pela sua dramaturgia rigorosa, ou pelos seus temas (não é em vão que muitos escritores e encenadores se queixam que tudo o que existe em teatro hoje em dia já foi feito pelos gregos há mais de dois mil anos atrás).

Mas porque Eurípides, grego, ao dar voz às mulheres de Tróia (tal como Ésquilo, grego, ao falar pelos persas), está simplesmente a mostrar-nos por que razão a civilização grega foi, apesar de tudo, considerada uma civilização superior. A mostrar-nos que, nos nossos tempos mais do que nunca, enterrar a cabeça na areia continua a ser a pior maneira de resolver os problemas do mundo.

A Escola da Noite
in programa do espectáculo. Saiba mais sobre os conteúdos do programa aqui.

Sobre este espectáculo:

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