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Tchékhov e a Arte Menor

textos "O Trágico à Força", "O Urso", "O Pedido de Casamento", "O Canto do Cisne", "Os Malefícios do Tabaco" e "O Jubileu"
de Anton Tchékhov


estreia em 15 de Março de 2007

Oficina Municipal do Teatro

total de espectáculos - 37 em Coimbra, Vila Real, Beja, Figueira da Foz, Setúbal e Bragança
total de espectadores - 2.745

40ª produção - A Escola da Noite©Março2007

Ficha Técnica:
•••Tradução: António Pescada, a partir do original russo.
•••Dramaturgia, encenação e espaço cénico: António Augusto Barros.
•••Elenco:
•••••••••António Jorge
•••••••••Maria João Robalo
•••••••••Miguel Magalhães
•••••••••Pessoa Júnior
•••••••••Sílvia Brito
•••••••••Sofia Lobo
•••Figurinos: Ana Rosa Assunção.
•••Objectos cénicos e adereços: António Jorge.
•••Desenho de luz: Danilo Pinto | Sílvia Brito.
•••Selecção musical a partir de fragmentos de Liszt, Debussy e Shostakovitch: Sílvia Brito.
•••Caracterização: Ana Rosa Assunção | Pessoa Júnior.
•••Grafismo: Ana Rosa Assunção.
•••Fotografia: Augusto Baptista.
•••Operação de luz e som: Danilo Pinto.

•••Direcção de montagem: Rui Valente.
•••Montagem: Alfredo Santos, Carlos Figueiredo, Danilo Pinto e Rui Simão.
•••Execução de elementos cenicos e montagem: Alfredo Santos, António Jorge, Armando Fernandes, Carlos Figueiredo, Danilo Pinto e Rui Valente.
•••Execução de figurinos: Elsa Rajado, Maria do Céu Simões e Mário da Silva Oliveira.
•••Comunicação e mecenato: Isabel Campante.
•••Venda de espectáculos: Pedro Rodrigues.
•••Estagiária de Produção: Inês Ribeiro.
tchékhov e a arte menor
A Arte Menor

Escolhido desde o início dos trabalhos, o título deste espectáculo foi assumido como uma espécie de provocação, que salientava a injusta e frequente desvalorização das peças em um acto no conjunto da obra teatral de Anton Tchékhov. Três anos depois de termos apresentado “O Cerejal”, propusemo-nos agora dedicar um significativo período de tempo a aprofundar a exploração das “peças pequenas”, que consideramos, em várias medidas, como paradigmáticas da dramaturgia tchekhoviana. Na forma breve (e à semelhança do que fez nas centenas de contos que publicou), Tchékhov exercita com uma extraordinária eficácia as características que o tornam singular na história do teatro universal. “Falsos” vaudevilles, “falsos” monólogos, dramas risíveis, estas peças são sempre mais do que parecem à primeira vista, oferecendo-nos diferentes níveis de leitura, em que o trágico e o cómico se alternam em fracções de segundo e em que o humor (levado, por vezes, ao limite do burlesco mais extravagante) nos interpela profundamente e nos faz oscilar entre a gargalhada e o nó na garganta.

Ao contrário de outros grandes dramaturgos, Tchékhov recusa o épico, o didáctico, o panfletário. Oferece-nos situações banais, personagens frívolas, pequenas tragédias individuais. Parece dizer-nos: façam delas o que quiserem – divirtam-se, comovam-se, reflictam sobre a explosão social que eu senti anunciar-se, vejam-se ao espelho –, mas não procurem respostas, façam antes as perguntas que elas vos suscitarem.

De uma forma ainda mais evidente do que nas peças grandes, é a vida de todos os dias que Tchékhov transporta para o palco nestes textos. Sem falsas e impossíveis objectividades (é do acto criativo que falamos), mas sem moralismos nem juízos maniqueístas.

Arte, portanto, e Teatro no seu melhor.


Daí que hoje, três meses depois do primeiro ensaio e quando nos preparamos para partilhar com o público a nossa abordagem às peças em um acto de Tchékhov, nos apeteça questionar o sentido da provocação. Faz sentido considerar uma provocação que a 40ª produção d'A Escola da Noite seja construída a partir da obra de um dos mais importantes autores da dramaturgia universal? Faz sentido considerar uma provocação que tenhamos decidido encomendar novas traduções a partir do original para textos cujas versões disponíveis em português tinham mais de quarenta anos? Faz sentido considerar uma provocação o facto de, ao fim de 15 anos de actividade, continuarmos a considerar o acto de criação artística, a experimentalidade e o rigor no trabalho teatral como os elementos essenciais do nosso projecto? Faz sentido considerar uma provocação o facto de continuarmos a acreditar que o Teatro é uma arte e que aí reside e se define a sua utilidade social?

Faz.


A Escola da Noite
in programa do espectáculo. Saiba mais sobre os conteúdos do programa aqui.


Sobre este espectáculo:

•••Niemeyer & Tchékhov
•••••Um sopro e tudo mais


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