de Gil Vicente
estreia em 14 de Novembro de 2007
Oficina Municipal do Teatro
total de espectáculos - 64 em Coimbra, Torres Novas, Alcains, Condeixa-a-Nova, Sabugal, Penamacor, Cantanhede, Redondo, Dornelas do Zêzere, Vidual de CIma, Braga, Leiria, Lousada, Celorico da Beira, Pinhel, Figueira da Foz, Luanda, Mortágua, Beja, Gouveia, Viseu, Pedrógão Grande, São Paulo, Botucatu e São Carlos
total de espectadores - 6608
43ª produção - A Escola da Noite©Novembro2007
Ficha Técnica:
•••• Direcção Artística: António Augusto Barros | António Jorge | Sílvia Brito | Sofia Lobo
•••• Elenco:
•••••••••• Lemos > António Jorge
•••••••••• Moça > Maria João Robalo
•••••••••• Castelhano | marido > Miguel Magalhães
•••••••••• Ama > Sílvia Brito
•••• Objecto cénico: João Mendes Ribeiro
•••• Figurinos: Ana Rosa Assunção
•••• Desenho de luz: Danilo Pinto
•••• Grafismo: Ana Rosa Assunção
•••• Direcção de montagem: Rui Valente.
•••• Montagem: Alfredo Santos | Carlos Figueiredo | Danilo Pinto
•••• Execução de figurinos: Maria do Céu Simões
•••• Comunicação: Isabel Campante.
•••• Venda de espectáculos: Pedro Rodrigues
•••• Produção: A Escola da Noite
Dando continuidade à linha de trabalho iniciada com as “conferências-espectáculo” (em que se confrontaram os mais recentes estudos académicos sobre Gil Vicente com a prática teatral d’A Escola da Noite) e com a criação do espectáculo “O Juiz da Beira - aula prática” (no âmbito do programa Vicente n’A Escola, em 2003), este projecto assume uma clara vertente pedagógica.
Considerando que o ensino de Gil Vicente na escola tem vindo a ser cada vez mais amputado (no tempo que se lhe pode dedicar e nas peças que são objecto de estudo) o que torna o seu ensino e a sua apreensão muitas vezes difícil, propomos, com este espectáculo, partilhar com o público um quadro de noções que consideramos fundamentais para a abordagem do teatro vicentino.
Em primeiro lugar, a ideia indispensável de que ao texto dramático (que lemos) há que juntar o teatro (que fazemos ou que vemos feito) e só então poderemos ter uma possibilidade de percepção do todo que nos chegou apenas em parte.
Em segundo lugar, a ideia de que Gil Vicente e o seu teatro pertencem originalmente a um contexto espacio-temporal específico que, tido em consideração, nos fornece elementos fundamentais para a sua compreensão.
Lembrar também que a obra de Gil Vicente, dada a sua extensão e variedade, produz ela própria um discurso sobre o tempo a que pertence.
Por último, e não menos importante, lembrar que a língua que falamos hoje estava a ser criada no tempo em que Gil Vicente escreveu e representou o seu teatro e que a sua obra é o maior e mais importante repositório da origem do português que hoje conhecemos.
Noções breves, tomando como exemplo particular o “Auto da Índia” que, tendo sido provavelmente a primeira farsa vicentina, introduz muitos elementos novos e atractivos para a percepção do teatro de Vicente e, à luz do teatro contemporâneo, para a sua fruição passados quinhentos anos.
A Escola da Noite, Novembro de 2007